Fotos: Arquivo Pessoal
Nascido e criado em Santa Maria, José Luiz Zago Martins, 60 anos, morava no Bairro Parque Pinheiro Machado com a mulher, a professora de história Mirian Rejane dos Santos Pires, 54. O casal estava junto há 21 anos. Os dois se conheceram por meio de familiares e se encantaram um pelo outro. Conforme a professora, foi amor à primeira vista. Os dois não tiveram filhos juntos, mas Martins teve uma menina do primeiro casamento, a economista Josiane Londero Martins, 30.
- O pai cativava as pessoas. Não importava por onde ele passasse, sempre saia com um amigo. Era um grande pai, foi sempre muito presente na minha infância, na adolescência e na fase adulta. Ele era muito tranquilo e justo com todos ao redor dele - diz a filha.
Para ela, os maiores ensinamento do pai foram o de respeitar sempre a todos, além de ter determinação, responsabilidade, ser justa e amiga para com os outros e, principalmente feliz.
Churrasqueiro de mão cheia, Martins comandava com frequência a cozinha da Igreja Nossa Senhora Aparecida. Todos os fiéis o elogiavam a cada almoço ou jantar da paróquia que ficava sob a responsabilidade dele.
- O molho dele era diferente, tinha um sabor especial que só ele conseguia fazer, de uma maneira única. Além disso, a especialidade dele, na cozinha, era o peixe. Não importava se pediam assado, frito ou ensopado, ele sempre sabia fazer um peixe delicioso, porque cozinhava muito bem. Quando eu chegava em casa da escola, nunca sabia o que ele tinha preparado. A cada dia, era uma surpresa deliciosa e diferente - recorda a esposa.
Martins gostava muito de viajar pela região para participar de pescarias. Como a filha mora em Uruguaiana, ele também costumava ir para lá para passar o final de semana e pescar com o genro. Os dois passavam horas conversando e se divertindo enquanto esperavam os peixes fisgarem o anzol.
Além disso, Martins plantou por muito tempo melancia e mandioca na zona rural de Santa Maria. Por alguns anos, ele morou no distrito de Boca do Monte, onde cultivava sua lavora. O agricultor era carinhosamente conhecido como Zé Mandioca pelos clientes.
Martins também adorava receber amigos e familiares em casa e para isso, cozinhava do bom e melhor para receber todos. Segundo a família, ele já esperava os convidados com tudo pronto. Ainda de acordo com a esposa, Martins soube aproveitar a vida e se divertir.
- Ele era muito simples e não precisava de grandes luxos para ser feliz. Foi determinado a conquistar o que desejava, e nossa mais linda lembrança, que ficará eternamente na minha mente, é que sempre andávamos de mãos dadas, não importava qual era a situação. O José era meu grande companheiro - emociona-se a esposa.
Mirian diz que só reza e agradece por tudo o que o marido representou e ensinou a ela. Além disso, o agricultor aposentado pediu à filha que cuidasse bem da madrasta, a qual Josiane chama de "boadrasta", referindo-se ao carinho que une as duas.
- Quando nos conhecemos, a Josi tinha 9 anos, e assim como a mãe dela, eu também a incentivava nos estudos, ajudava na lição quando ela ia lá para casa. Nós três nos divertimos muito juntos - lembra Mirian.
Fã de música gaúcha e do seriado Chaves, Martins torcia pelo Grêmio e adorava estar em bailes no Centro de Tradições Gaúchas Estância do Jarau.
Martins faleceu na madrugada do dia 17 de abril, em decorrência de um infarto fulminante que sofreu em casa. O agricultor aposentado foi sepultado no mesmo dia no Cemitério de Picada dos Bastos, no distrito de Boca do Monte em Santa Maria.
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